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A preponderância atribuída à arte produzida por gente de baixa condição, muitas vezes com fins utilitários, antecipa o aproveitamento destes objectos na difusão propagandística do Estado Novo através de um processo de folclorização da identidade nacional, no qual os seus trabalhos serão instrumentalizados, sobretudo o seu artigo O Carro Rural (1940) (“Metamorfoses da arte popular…”, 2002, p. 263). Embora os seus trabalhos de vertente etnográfica revelem uma aproximação dos objectos artísticos de cariz popular às matérias da História da Arte e uma tentativa de inclusão destas obras nos manuais artísticos, em certos trabalhos aprofunda o enorme fosso entre a arte erudita e a cultura popular, tratando a última como algo primitiva, rudimentar e limitada ou, dito de forma mais ligeira, como objectos simples, ingénuos, modestos (A Águia, 1915), comparando-a mesmo com a arte primitiva. |
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