Fez parte, até à sua extinção, da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

Mário Júlio de Almeida Costa envergou também as vestes rútilas de legislador. Na condição de Ministro da Justiça, a acção do seu ministério irradiou para áreas tão diversas como a reforma administrativa, o direito de trabalho em ambiente prisional, o direito e o processo penal através da reforma de 1972, a assistência judiciária, depois designada apoio judiciário, os institutos de criminologia, as cadeias regionais, a responsabilidade civil extracontratual do Estado e das demais entidades públicas, os registos civil e predial, o notariado, o estatuto judiciário ou o direito comercial e das sociedades, com especial destaque para o aperfeiçoamento do regime de fiscalização das sociedades anónimas, Posteriormente, como Mestre de Direito, participou ainda em múltiplas reformas legislativas. Salientam-se as respeitantes ao contrato-promessa, à introdução no ordenamento jurídico português das cláusulas contratuais gerais e a presidência de uma comissão criada no âmbito do Ministério da Justiça para a revisão do direito comercial marítimo português. Exerce a actividade de jurisconsulto.

É a História do Direito Português a disciplina dilecta de Almeida Costa. Na linha do seu Mestre, Guilherme Braga da Cruz, prosseguiu a renovação da ciência histórico-jurídica na Escola de Coimbra, quer no plano da docência, quer no domínio da investigação. Começou por se lançar nos árduos caminhos da história das instituições jurídicas medievais. Disso constituem subida expressão as dissertações que o conduziram ao cume da carreira académica. Em 1957, publica o seu primeiro estudo de relevo em que versa a Origem da Enfiteuse no Direito Português e, em 1961, conheceu a luz do dia o livro subordinado ao título Raízes do Censo Consignativo. Aqui legou o autor ao futuro páginas marcantes a respeito da história do crédito medieval português.

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