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Francisco Falcon é um dos historiadores brasileiros que mais se tem dedicado à história de Portugal da Época Moderna, mais especificamente do período pombalino. Graduado em História e Geografia em 1955 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), antiga Universidade do Brasil, completou a sua graduação em Museologia, no Curso Superior de Museus do Museu Histórico Nacional, em 1956. Nesse ano tornou-se “auxiliar” (“assistente”, na terminologia portuguesa) da cadeira de História Moderna e Contemporânea, lecionada pela Professora Maria Yeda Linhares, na Faculdade Nacional de Filosofia, então pertencente à referida Universidade do Brasil. Veio depois a ser professor na Faculdade Fluminense de Filosofia, actual Universidade Federal Fluminense, de Niterói, em que se veio a doutorar e depois a tirar a “livre-docência” (“agregação”, na carreira docente portuguesa). Participou, com os demais professores de História e Ciências Sociais, na criação do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF), após a extinção da Faculdade Nacional de Filosofia da UFRJ. Foi um dos docentes de diversas universidades brasileiras a fundar, em 1961, a Associação Nacional de História (ANPUH), a que ainda pertence. Foi ainda Professor Associado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) e ainda é hoje professor e historiador activo, pertencendo ao Quadro Permanente do Programa de Pós-Graduação da Universidade Salgado de Oliveira (Universo). As suas relações com Portugal foram constantes, não só por ter tirado o Pós-Doutoramento em História Moderna no Instituto de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), em 1984, como bolseiro da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Brasil, mas também com a Universidade de Coimbra, tendo organizado, pela parte brasileira, o projecto luso-brasileiro “História da História em Portugal e no Brasil”, financiado pelo ICALP (Instituto de Cultura e Língua Portuguesa), depois Instituto Camões, e pela Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT), à qual sucedeu a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), bem como financiada pela CAPES. Este projecto, embora fosse apenas integralmente cumprido pela parte portuguesa (foi publicada a História da História em Portugal. Sécs. XIX-XX. 1996, de autoria de Luís Reis Torgal, J. M. Amado Mendes e Fernando Catroga, 2ª ed., 1998), gerou um fluxo regular de professores portugueses que, no fim do século XX, se deslocaram ao Brasil e de historiadores brasileiros que se deslocaram a Portugal, o qual consolidou as relações entre investigadores de ambos os países. |
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