Proposto para Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino (1826) pela regente D.ª Isabel Maria (1801-1874), será nomeado Conselheiro de Estado vitalício por ter ocupado a titularidade daquela pasta do governamental entre 1 de Agosto e 6 de Dezembro de 1826. Com a ascensão de D. Miguel ao poder decidiu retirar-se da vida política, à qual só regressaria em Julho de 1833, com a vitória final das tropas liberais.

Em 1834, firmada a instauração do regime liberal, foi nomeado Par do Reino e rapidamente ascenderia a vice-presidente da Câmara dos Pares do Reino. Ocuparia este cargo até falecer subitamente em Lisboa, a 11 de Dezembro de 1838, aos 61 anos de idade, sendo alvo de uma homenagem pública por D. Francisco de Almeida Portugal (1797-1870), 2.º conde do Lavradio, e amigo íntimo do Autor: “Ninguém ousará hoje dizer, que não foram muitos e grandes os serviços que o Senhor Trigoso prestou à sua pátria, posto que nunca por eles recebesse a mais mínima recompensa (…). Nós acrescentaremos que ele não precisou recusar distinções, porque nunca lhe foram oferecidas. O peso das suas virtudes e mérito era grande de mais, para ser honrado por aqueles que careciam destas qualidades. É, pois este mais um exemplo da ingratidão portuguesa, tantas vezes reproduzida desde o reinado do ingrato Rei D. Manuel. Agora, porém, que o Senhor Trigoso já não existe, esperamos que todos farão justiça á sua memória, reconhecendo-o com um dos mais distintos sábios da Nação, como um dos mais eloquentes oradores do nosso Parlamento, como homem de Estado, tão probo como esclarecido, finalmente como um dos mais virtuosos cidadãos dos nossos tempos” (Apontamentos para o Elogio Historico…, 1840, pp. 33-34).

Notabilizou-se na problematização de inúmeras matérias de índole jurídica e eclesiástica, entre célebres discussões parlamentares. Em 1836, após a Revolução de Setembro, tentou, insistentemente, uma concertação dos cartistas com Manuel da Silva Passos (1801-1862), líder dos setembristas. Entretanto, integrou uma comissão que iniciaria as conversações com a Santa Sé para normalizar as relações com o Estado português. Definindo-se a si próprio como liberal conservador e fiel ao vintismo inicial, esteve sempre politicamente conectado com D. Pedro de Sousa Holstein (1781-1850), o 1.º duque de Palmela.

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