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Paulo Florêncio da Silveira Camargo nasceu em 25 de janeiro de 1896, em Cabreúva, no Estado de São Paulo. É filho de Pedro Florêncio da Silveira Júnior, comerciante, e Rosa Lina de Almeida Camargo. Fez os primeiros estudos na vizinha cidade de Itu, a ‘Roma Brasileira’, assim chamada no final do século XIX pela grande influência da Igreja (em especial, da Companhia de Jesus) na organização da cidade e na política local. Estudou no Grupo Escolar Cesário Motta e no colégio São Luís (instituição de ensino jesuíta fundada em 1867). Ingressou no Seminário Menor de Pirapora em 1911. Ao término do curso, estudou no Seminário Provincial de São Paulo, atual Seminário Central do Ipiranga (Correio Paulistano, Bodas de prata sacerdotais, 1946, p.5). Com vários parentes no clero, Camargo tornou-se sacerdote em 1921. De 1922 a 1924, atuou como coadjutor na Paróquia de São João Batista. Em seguida, foi vigário em Santana de Parnaíba, onde presidiu a comissão de festejos do tricentenário da criação da vila que deu origem à esta cidade. Fruto dos estudos feitos durante o vicariato, publicaria mais tarde Notas para a história de Parnahyba (1935), e sua versão revista e ampliada História de Santana de Parnaíba (1971). Nestas obras, o autor narrou a participação dos bandeirantes no processo de criação do vilarejo e no desenvolvimento da região, assim como a atuação da Igreja. Em ambos os livros, afirmou que "pas de documents, pas d'histoire". Embora sem fazer referência nominal à obra Introduction aux études historiques (1898), de Charles-Victor Langlois e Charles Seignobos, o uso da expressão em francês revelava a influência que teve da Escola Metódica. Mas apesar do empiricismo, a narrativa de Paulo Florêncio da Silveira Camargo, em grande parte, era de tom apologético à Igreja, o que pode explicar, por exemplo, o silêncio do autor sobre a presença de mouros e judeus entre os fundadores de Santana do Parnaíba, cujos laços sanguíneos foram notados por José Gonçalves Salvador (Os cristãos-novos..., 1976). O retorno à capital paulista se deu em 1926. Tornou-se cônego em 1939, momento em que passou a assumir diversas responsabilidades no cabido metropolitano: desde atividades de imprensa da arquidiocese a membro do Tribunal Eclesiástico, concomitante ao trabalho intelectual de escrever sobre a história da Igreja em São Paulo. Em 1945, ano em que passou a integrar o quadro de sócios efetivos do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), Camargo lançou A instalação do Bispado de São Paulo e seu primeiro bispo, polianteia em comemoração ao segundo centenário da criação daquela diocese. |
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