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No seu estudo Origens Europeias. Esquema etno-histórico, defende a importância do carácter evolutivo de inspiração spenceriana no processo histórico, sublinhando que os acontecimentos eram consequências de múltiplas causas na complexidade do devir civilizacional, numa posição próxima da historiografia positivista. Utiliza o conceito de evolução para expor a sua ideia de acontecimento de longa duração, em oposição ao conceito de facto histórico de curta duração ocorrido num momento preciso e particular e resultado de causas directas e concretas. Contudo, os trabalhos seguintes vão inspirar-se na obra de Alexandre Herculano e nas suas ideias referentes ao método a aplicar na investigação historiográfica, não se deixando todavia marcar pelas interpretações do mestre, nomeadamente a tese da decadência nacional e anticlericais. Como Herculano, preocupou-se com o “carácter da Nação” e pela participação das camadas populares no processo histórico do país. O. R. não repetiria a lição herculaneana sobre as origens da Nação, procurando adaptá-la à luz dos trabalhos que vários dos seus colegas produziam (Teófilo Braga, Adolfo Coelho, Leite de Vasconcelos, Paulo Mêrea), sobre as teses insurreccional ou política da fundação; e as da continuidade entre lusitanos e portugueses. Para ele, a independência do país estava relacionado com um conjunto de causas complexas de cariz étnico, geográfico e político. Além dos estudos medievais, O. R. dedicou-se à História dos Descobrimentos Portugueses procurando a valorização da imensa campanha ultramarina desenvolvida pelo país nos séculos XV e XVI, como comprovam os textos que deixou na História de Portugal dirigida por Damião Peres, que escreveu perto do final da vida, numa altura em que a cegueira lhe dominara a vista quase por completo. |
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