Filho de Joaquim José Ribeiro e de D. Maria Benedicta Montez. O avô paterno, António Maximiano Ribeiro, foi juiz do povo da Casa dos Vinte e Quatro, da bandeira de S. Miguel, dos cerieiros. O avô materno, André Montez Garcia, era mercador e a avó materna, Benedicta Rasore, era de origem genovesa. Teve por padrinho António Xavier Pinto de Campos, oficial da Relação e autor dramático.Depois de completar o curso de comércio no Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, em 1880, foi nomeado, por decreto de 28 de Novembro de 1882, amanuense da contadoria do Hospital de S. José. Cargo que desempenhou até Setembro de 1891, quando, a seu pedido, foi transferido para a contadoria da Misericórdia de Lisboa, ocupando o lugar de arquivista. Em Janeiro de 1910 foi encarregado da organização e catalogação do respectivo arquivo histórico. Entre 1888 e 1896 foi professor de liceu.

Escritor e jornalista, colaborou em muitos jornais e revistas do seu tempo, elencadas por Inocêncio Francisco da Silva e por Esteves Pereira e Guilherme Rodrigues, por ordem cronológica de publicação: Diário de Portugal, 1882; Verdade, de Tomar, 1882-1887; Direito, do Funchal, 1883; Transmontano, de Vila Real, 1884; Sciencia para todos, 1882-1883; Occidente, 1883-1907; Era Nova, 1884; Commercio e Industria, 1884; Illustração de Portugal e Brasil, 1885; O explorador, 1885; Atheneu Comercial, 1885-1886; Debates, 1888; Revista popular de conhecimentos úteis, 1888; A moda ilustrada, 1894; O Commercio, 1898; A voz do caixeiro, 1900; Diario de Noticias, 1901; Brasil-Portugal, 1902; Lisboa Elegante, 1902; Serões, 1905-1911; Illustração Portugueza, 1906-1907; Archivo Histórico Portuguez, 1907-1911; Boletim da Real Associação dos Architectos e Archeologos Portuguezes, 1900-1907; O Instituto, de Coimbra, 1901-1907. Pelo centenário de António Feliciano de Castilho (1.º visconde de Castilho), em 26 de Janeiro de 1900, dirigiu uma publicação comemorativa.

Pertenceu a diversas instituições científicas, a saber: sócio da Sociedade Literária Alexandre Herculano; eleito, em 1886, sócio de mérito do Ateneu Comercial de Lisboa; eleito, em 1901, sócio efectivo da Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses; e eleito no mesmo ano para o Instituto de Coimbra; eleito, em 1903, membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; eleito, em 1905, membro honorário da Academia Nacional de História, de Bogotá; eleito, em 1906, académico correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa; e ainda sócio correspondente do Ateneu, de Santiago do Chile (1910), do Gabinete Português de Leitura, em Pernambuco, e do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano (1910). Este dinamismo académico, enquadrado na tendência cultural, reflecte o interesse literário e a preocupação científica do tempo.

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