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Bacharel em História pela Universidade de Iowa (1954), durante seu doutoramento na Universidade de Colúmbia, realizou diversas pesquisas na Guatemala, em Portugal, na Venezuela e no Brasil, obtendo sua titulação em 1964. Neste ano, ingressou como professor assistente do departamento de História da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), onde se reformou como professor titular em 1993. Com investigações voltadas para o estudo da história latino-americana, Bradford Burns tem seu primeiro trabalho publicado em 1966, The Unwritten Alliance: Rio-Branco and Brazilian-American Relations, que lhe rendeu a condecoração, pelo governo brasileiro, com a Ordem do Rio Branco. Essa publicação, que analisa as relações diplomáticas dos EUA e do Brasil no início do século XX, inseriu seu autor nas fileiras dos estudiosos estrangeiros que se debruçaram sobre a realidade brasileira, como os franceses Claude Lévi-Strauss, Pierre Monbeig e Roger Bastide e os norte-americanos Kenneth Maxwell, Thomas Skidmore e Warren Dean. Esses estudiosos passaram a ser conhecidos como brasilianistas. Nessa obra, o autor classifica a transferência da Família Real para o Brasil como uma rutura no processo de construção da identidade nacional, que vinha se desenhando com a luta contra as invasões holandesas e francesas. Esta linha de pensamento se consolida em seu trabalho intitulado A History of Brazil (1970), em que o autor faz extensa pesquisa documental para a compreensão do papel do nacionalismo na construção da sociedade nacional brasileira. Nesta obra divide o processo de formação do nacionalismo em três etapas. A primeira é por ele denominada “nativismo colonialista”, período em que a elite brasileira constrói sua identificação com o território recém-descoberto, sendo que essa identificação é construída não apenas na defesa do território contra as invasões e, portanto, na identificação com a metrópole portuguesa, mas também através de uma literatura que vai consolidar a sociedade brasileira como parte integrante do Império Português. Essa primeira etapa, para o autor, termina com o processo de Independência e, acrescenta, que foi a base para a não fragmentação do Brasil após a emancipação de Portugal (p.28). A segunda fase seria de 1821 a 1930, denominada pelo autor de "nacionalismo defensivo do século XIX", quando o nacionalismo procura uma definição nacional, com profundo sentimento antiportuguês e anti inglês. |
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