Pedro Calmon, historiador brasileiro, nasceu em 23 de Dezembro de 1902, em Amargosa, estado da Bahia e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 17 de junho de 1985. Descendente de familias da aristocracia da Bahia e de Minas Gerais, era filho de Pedro Calmon Freire de Bittencout e de Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt. Ingressou na Faculdade de Direito da Bahia em 1920. Dois anos depois transferiu-se para o Rio de Janeiro, então capital da República, onde continuou os estudos e concluiu o curso na antiga Faculdade Nacional de Direito. Por aquela mesma ocasião assumiu as funções de secretário particular do ministro da agricultura Miguel Calmon, seu tio e padrinho de batismo, durante a gestão do presidente Artur Bernardes (1922-1926).

Admitido no serviço público como conservador do Museu Histórico Nacional (1925), criou e ocupou a cadeira de História da Civilização Brasileira no curso de museologia, matéria, aliás, da qual também foi docente na efêmera Universidade do Distrito Federal, idealizada por Anísio Teixeira. Enveredou na senda política, tendo sido eleito deputado estadual e deputado federal pela Bahia, e mais tarde titular da pasta da Educação no governo de Eurico Gaspar Dutra (1950-1951).

No âmbito do magistério, sua atuação se dividiu entre o ensino de História do Brasil e o de Direito Público. Em 1934, prestou exame para livre-docente de Direito Público da Faculdade Nacional de Direito, e cinco anos depois foi nomeado catedrático da mesma disciplina, após ser aprovado em concurso publico. Em 1955, mais uma vez por concurso público, conquistou a cátedra de História do Brasil do Colégio Pedro II, com a tese O segredo das minas de prata: novos aspectos da conquista. Lecionou, ainda, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e na Faculdade de Filosofia da Universidade Santa Úrsula. Paralelamente, desempenhou importantes funções na alta administração universitária: foi diretor da Faculdade Nacional de Direito (1938-1948) e, depois, nomeado reitor da antiga Universidade do Brasil, hoje em dia Universidade Federal do Rio de de Janeiro (UFRJ), cargo que exerceu durante dezoito anos (1948 e 1966).

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