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CORDEIRO (de Sousa), Luciano Baptista | |||||||||||||
Concorreu, em 1872, a um lugar de professor da cadeira de Literatura Moderna, no Curso Superior de Letras, sendo Pinheiro Chagas e Teófilo Braga os outros dois concorrentes. O lugar foi ocupado por este último. Luciano Cordeiro manteve sempre uma atividade jornalística intensa. Embora tenha deixado o cargo de diretor do jornal A Revolução de Setembro, continuou como redator nesse jornal. Colaborou ainda com A Voz Académica, O País, A Atualidade, O Jornal de Comércio, O Comércio do Porto, o Diário de Notícias, entre outros. Foi diretor e proprietário do Comércio de Lisboa e um dos fundadores da Revista de Portugal e Brasil. Além da redação de artigos em periódicos, também se destacou pela publicação de livros, abrangendo diversos assuntos. Foi professor e redigiu textos sobre as matérias que ensinou, nomeadamente a literatura, assim como as questões pedagógicas, a nível de instrução e educação. Tendo estudado economia e finanças, por iniciativa própria, também abordou estes assuntos nos seus escritos. O seu particular interesse pelo passado levou-o a dedicar textos à história, mas também à arqueologia e à epigrafia, assim como à geografia. No que respeita a obras de cariz historiográfico deu especial relevo ao estudo de várias personagens, e aos relacionamentos que as mesmas estabeleceram, tanto a nível nacional como internacional. O livro A Segunda Duquesa centra-se na biografia de D. Joana de Mendonça, segunda mulher de D. Jaime, quarto Duque de Bragança. A personagem central de Uma sobrinha do Infante é D. Leonor, filha do rei D. Duarte, logo sobrinha do Infante D. Henrique. Esta infanta casou com o Imperador Germânico Frederico III. Também no livro Berenguela e Leonor, rainhas da Dinamarca se debruça sobre o casamento da infanta Berenguela, filha de D. Sancho I, com Valdemar II, da Dinamarca, e o casamento do filho deste, Valdemar III, com outra infanta, D. Leonor, sobrinha de Berenguela. O tesouro do rei D. Fernando debruça-se sobre um tratado, pouco conhecido da historiografia nacional, celebrado, em 1377, entre D. Fernando I de Portugal e o Duque de Anjou, filho de Carlos V de França, para juntos combaterem contra Aragão. Na obra A urna funerária de Afonso de Albuquerque descreve o processo que conduziu à descoberta daquela urna, em Goa, e à sua vinda para Lisboa, sendo depositada na Sociedade de Geografia. Dedicou ainda alguns textos à vida de navegadores famosos, como Diogo Cão ou Diogo de Azambuja. |
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