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OLIVEIRA, José Lopes de Vale de Açores, Mortágua, 1881 – Parede, Cascais, 1971 |
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José Lopes de Oliveira nasceu a 25 de Dezembro de 1881 em Vale de Açores, Mortágua. De origem social modesta, era filho de João Lopes de Oliveira e Maria Adelaide de Jesus, tendo sido acompanhado de perto pelo seu padrinho, Adelino José Tomás, que era pai do escritor Tomás da Fonseca. Republicano convicto, destacou-se pela sua dedicação ao exercício do professorado e pelo seu trabalho como historiador. Em 1905, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Foi ainda como estudante que publicou as suas primeiras obras: uma colecção, em três volumes, intitulada Intelectuaes (o primeiro dedicado a Bernardino Machado, o segundo a Camilo Castelo Branco e o terceiro a Fialho de Almeida). Tornou-se maçon no ano seguinte, iniciando-se na loja Portugal, em Coimbra, sob o nome simbólico “Rousseau”. Logo que se formou, ingressou no liceu de Viseu como professor de História e Geografia, aí se mantendo até 1910. Após a implantação da República, tornou-se docente no liceu Passos Manuel, em Lisboa, onde exerceu a profissão durante várias décadas. Ainda em 1910, dirigiu as Escolas Normais de Lisboa, abandonando o cargo em 1911 devido a divergências políticas. No âmbito político, Lopes de Oliveira revelou apreço pelo ideal republiano desde cedo, julgando ser impossível consagrar a vitória da Democracia dentro do regime monárquico, pois «só a forma republicana poderá convir à Nação» se esta quiser viver e progredir (História da República Portuguesa, 1947, p. 19). Em 1908, foi descrito pelo Álbum Republicano como «um admirável campeão» do movimento democrático. Foi militante do Partido Republicano Português até 1920, ocupando, no ano seguinte, o cargo de chefe de gabinete da Presidência do Ministério de Bernardino Machado. Ingressou depois no Partido Republicano Radical em 1923, integrando o seu directório. Assumiu a presidência do mesmo partido em 1925. |
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