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Historiador brasileiro, nascido em 19 de março de 1890, em Santo Amaro, estado da Bahia e falecido na cidade do Rio de Janeiro, em 07 de outubro de 1967. Descendente de tradicional familia do Recôncavo, filho do Dr. José Ferreira de Araújo Pinho, deputado na Assembléia Geral do Império e depois governador da Bahia no regime republicano. Pelo pelo lado materno, era neto de João Mauricio Wanderley, barão de Cotegipe (1815-1889), estadista do Segundo Reinado. Bacharel em Ciências Jurídicas de Sociais pela Faculdade de Direito da Bahia, exerceu a advocacia e ocupou diversos cargos na magistratura. Ingressou na política, cumpriu mandato de deputado federal em sucessivas legislaturas (1924-1930) e assumiu as funções de prefeito da cidade de Salvador, durante o governo de Otávio Mangabeira (1947-1951). Idealizou e organizou as celebrações do IV centenário de fundação da capital baiana, em 1949, cujo ponto culminante foi o “Cortejo Histórico dos Quatro Séculos”, evento bastante similar ao “Cortejo do Mundo Português”, realizado alguns anos antes, no âmbito das Comemorações Centenárias de Portugal (1940). Nas festividades de Salvador, como aliás em toda a sua obra, transparece a sua percepção positiva da colonização portuguesa, ao contrário de outros estudiosos da época que condenavam a matriz sócio-cultural lusíada, na formação da identidade brasileira. Cabe assinalar, ainda, que Wanderley Pinho colaborou na coleção editada pela Agência Geral das Colônias, em 1940, comemorativa do duplo centenário da fundação e restauração de Portugal, com a biografia D. Marcos Teixeira, quinto bispo do Brasil. Paralelo às atividades políticas, dedicou-se à pesquisa histórica e ao magistério superior. Foi professor catedrático de História do Brasil na Universidade Federal da Bahia, pertenceu aos quadros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e da Academia de Letras da Bahia. O legado historiográfico de Wanderley Pinho privilegia, sobretudo, vultos e questões relativas à Bahia e algumas das temáticas que explora se confundem com a história de sua própria familia. Tal como outros historiadores de sua geração, Wanderley não tece grandes reflexões sobre a natureza do conhecimento histórico, embora a entendesse como uma ciência, cujas premissas caberia ao historiador comprovar empiricamente. |
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