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PINHO, José Wanderley de Araújo | |||||||||||||
Suas preferências de investigação transitam entre o campo da história política e o da história social. No primeiro predominam monografias, estudos documentais e biográficos, nos quais se combinam erudição e elegância literária, como, por exemplo, entre outros títulos, Cotegipe e seu tempo. Primeira Fase (1815-1867), obra prevista para ter continuidade e constituir uma alentada biografia de seu avô, mas que lamentavelmente permaneceu incompleta. Além disso, foi responsável pela grande síntese histórica sobre a Bahia, entre 1808 e 1856, que integra o tomo O Brasil Monárquico, da coleção História Geral da Civilização Brasileira, dirigida por Sérgio Buarque de Holanda. Também voltados para o panorama político oitocentista, há que se destacar os trabalhos de transcrição e anotação das cartas do Imperador D. Pedro II endereçadas ao Barão de Cotegipe (1933), e da correspondência ativa do conselheiro Francisco Otaviano de Almeida Rosa (1825-1889). Esta última tarefa ficaria inacabada devido ao seu falecimento, sendo concluída graças ao empenho de Enéas Martins Filho e depois de Alphonsus de Guimaraens Filho, que assumiu o encargo de estabelecer o texto das cartas para publicação (1977). A incursão no campo da história social se inicia, precocemente, em 1918, com a instigante monografia “Costumes monásticos na Bahia – freiras e recolhidas”, livro hoje em dia percebido como clássico. Por ocasião do seu lançamento, porém, o tema abordado surpreendeu o público leitor, pela revelação de costumes e práticas sociais mundanas nos conventos da Lapa e no Desterro na Bahia do século XVIII, aspectos até então desconhecidos da vida nos claustros, assuntos que atualmente caberiam em uma obra de história cultural. O mesmo tratamento inovador caracteriza a publicação “Damas e salões do Segundo Reinado” (1942). Fruto de alentada pesquisa, empreendida em fontes diversificadas, o foco desta vez incide sobre os salões – espaços de convívio por excelência das elites imperiais - onde a burguesia brasileira costumava reunir-se para conversar, ouvir música e dançar. |
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