Ângelo Pinto Ribeiro nasceu a 7 de Janeiro de 1886 na Rua da Alfândega, freguesia da Sé, em Angra do Heroísmo. Filho legítimo de Jácome de Sousa Ribeiro, célebre músico e jornalista açoriano, e de Maria Leonor Pinto, o historiador cresceu numa família profundamente católica, melómana, ligada à imprensa e ao mundo editorial. Ângelo Ribeiro passou parte da sua infância em Angra do Heroísmo. Contudo, em 1899, acompanhou o seu pai, que iniciou funções como secretário da Câmara Municipal da Calheta, deslocando-se com a família para a ilha de São Jorge.

Entre 9 de Janeiro e 30 de Setembro de 1911, Ângelo Ribeiro, então com 25 anos de idade, ocupou o cargo de administrador do Concelho de Praia da Vitória, espelhando claramente a sua ideologia republicana. Abandonando esta função, depressa se tornou administrador do Concelho de Angra do Heroísmo, cargo que exerceu até 29 de Abril de 1912. Durante esse período, frequentou concomitantemente o Curso Complementar de Letras no Liceu Central de Ponta Delgada, que terminou a 4 de Julho de 1912, na variante de Língua Alemã, com classificação final de 12 valores. Ainda durante o ano de 1912, Ângelo Ribeiro ruma a Lisboa, no sentido de se matricular na então recém-criada Faculdade de Letras desta cidade, desejo que realiza a 9 de Outubro desse ano. Em Outubro de 1917 torna-se bacharel em Letras, na secção de Filosofia. Em Fevereiro de 1918 é admitido na Escola Normal Superior de Lisboa, no Curso de Habilitação ao Magistério Liceal, desenvolvendo prática pedagógica e prestando serviços de estagiário no Liceu de Gil Vicente.

Ainda durante os seus estudos de bacharelato, devido a dificuldades económicas, Ângelo Ribeiro começa a trabalhar como jornalista em diversos jornais diários da capital, como n’ As Novidades, desenvolvendo estudos valiosos sobre personalidades literárias. A partir de 1919, encontramos documentada a sua amizade com Leonardo Coimbra, associando-se ao movimento da Renascença Portuguesa. Ainda nesse ano, Ângelo Ribeiro publica alguns artigos na revista Atlântida: Mensário Artístico, Literário e Social para Portugal e Brasil. Nesse período, após a I Guerra Mundial, o autor dedica-se a publicar algumas traduções de obras de Platão, sob a chancela da Renascença Portuguesa, e a editar obras poéticas.

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