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Historiador, professor, político, olissipógrafo, com fortes ligações ao Estado Novo, António Rodrigues Cavalheiro nasceu e viveu praticamente toda a vida em Lisboa. Licenciado em Ciências Históricas e Geográficas pela Faculdade de Letras de Lisboa, foi professor, primeiro no ensino liceal e, mais tarde, na Escola Naval, onde assegurou a cadeira de História Marítima. Politicamente, foi discípulo e amigo de António Sardinha, pertencendo à segunda geração do Integralismo Lusitano (IL), tal como Manuel Múrias, César de Oliveira, Pedro Teotónio Pereira ou Marcelo Caetano. Com estes, esteve na génese da revista Ordem Nova, em 1926, que marcou o início do seu afastamento do movimento, com o qual se desencantara após a morte de Sardinha. Abandona definitivamente o IL em 1927, ambicionando, ainda que brevemente, levar a cabo um processo de reorganização dos vários segmentos monárquicos integralistas, materializado na ideia efémera de formar uma “Liga de Acção Integralista”. Derivará depois, politicamente, como tantos outros do campo monárquico e tradicionalista, para o Estado Novo (a PIDE considerava-o, segundo registo de 1949, “um dos mais entusiastas e fervorosos nacionalistas de todos os tempos”), sob o qual foi deputado à Assembleia Nacional entre 1942 e 1945 e procurador à Câmara Corporativa de 1961 a 1965 pelos homens de letras. No regime salazarista desempenhou ainda os cargos de chefe da Secção de Bibliotecas e do Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa (1932) e de diretor dos Serviços Culturais da Mocidade Portuguesa (1944). Ao longo da carreira publica diversas obras de índole historiográfica, de que poderíamos realçar Erratas à História de Portugal (1939, com João Ameal), Infante D. Henrique (1948), D. Carlos I e o Brasil (1957), Homens e Ideias (1960), Política e História (1960)e João Franco e os intelectuais do seu tempo (1963). Membro da Academia Portuguesa de História e redator do seu Boletim, colaborará, ainda, em diversas publicações, com destaque para a O Debate, Boletim da Mocidade Portuguesa, Ler, Nação Portuguesa, Ordem Nova ou Sulco. |
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