Em 1953, é criada a revista Stvdivm Generale. Boletim do Centro de Estudos Humanísticos (anexo à Universidade do Porto). Esta designação reflecte o mesmo sentido do próprio Centro de Estudos Humanísticos, ou seja, o sentido da mobilização do conceito medieval de “Estudo Geral”, no que implica de aproximação e cruzamento entre diferentes disciplinas e áreas do saber, como se poderá observar pelo conteúdo da publicação, a discriminar à frente. Refira-se que este propósito continua a ter, no nosso tempo, toda a pertinência e actualidade. A revista Stvdivm Generale tinha como objectivo reunir os resultados dos trabalhos feitos no âmbito do Centro de Estudos Humanísticos e apresentá-los ao público, nomeadamente: estudos de investigadores/professores creditados na sua área de trabalho, tanto nacionais como internacionais, bem como estudos de bolseiros do Centro e do Instituto de Alta Cultura. A revista, além de apresentar os estudos mencionados, dava, também, notícia das actividades do Centro designadamente: concertos, conferências, representação do Centro em colóquios, sessões de cinema, sessões de estudo, sumários das lições dos cursos ministrados pelo Centro e visitas de estudo. Com a reabertura da Faculdade de Letras do Porto, a revista passou a integrar informação sobre alguns programas das cadeiras regidas na Faculdade nomeadamente da cadeira de Psicologia e Medidas Mentais ministrada por Luís de Pina ou a cadeira de Introdução à Filosofia regida por Eduardo Abranches de Soveral.
Numa primeira análise, este periódico foi composto por doze volumes, sendo que alguns volumes eram constituídos por dois ou mais números ou tomos, editados entre 1953 e 1969. Refira-se que a sua publicação foi feita de uma forma mais ou menos regular. Inicialmente a direcção foi composta por Luís de Pina, Fernando Magano e Artur Magalhães Basto, o secretário era António Cruz. Em 1960 a direcção passa a ser constituída, pelo falecimento de Artur Magalhães Basto, por Luís de Pina e Fernando Magano. No volume XI (1966-67) a direcção era formada por Manuel Corrêa de Barros, Fernando Magano e António Cruz. No último volume (XII) era director António Cruz.