Por último, na área da historiografia pode ser referido o artigo: «História, historiografia e historiologia» (Carlos Eduardo de Soveral).
Uma das grandes valias da Stvdivm Generale foi a sua diversidade de perspectivas, ligada ao seu programa de base, isto é, o facto de num mesmo número poderem coexistir estudos de Arqueologia, Filosofia, História, Literatura, Psicologia, Sociologia e Teatro. Justifica-se uma referência especial ao lugar da História neste conjunto. Assim, refira-se que o Centro de Estudos Humanísticos teve um papel importante na renovação da historiografia portuguesa, principalmente no que respeita à história regional e à história da ciência, em que se destaca o contributo decisivo de Luís de Pina. E a revista como órgão oficial do Centro para a divulgação dos resultados das pesquisas feitas pelos seus investigadores materializava essa renovação.
Também as épocas estudadas, que vão desde a medievalidade até à contemporaneidade, mostram essa renovação, pois nesta altura não era comum o estudo da história mais recente. Neste sentido cite-se o artigo «Introdução ao estudo da “Regeneração”» no qual o autor coloca questões e utiliza, com alguma frequência, os conceitos de revolução e população. No domínio da história os principais autores são António Cruz, Artur de Magalhães Basto, Carlos Eduardo de Soveral, Eugénio dos Santos, José Mattoso, Lúcio Craveiro da Silva, Luís de Oliveira Ramos, Luís de Pina, Maria Helena da Rocha Pereira, Sérgio da Silva Pinto e Torquato de Sousa Soares.
Outro dos méritos deste periódico foi a sua clara ligação com o panorama científico internacional. Esta evidência é perceptível pela participação de autores estrangeiros em alguns dos volumes. Outro ponto de contacto são as recensões críticas que versam, além das portuguesas, sobre obras internacionais.