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Professor universitário, historiador e crítico da literatura portuguesa. Ao longo da Licenciatura em Filologia Românica, que concluiu em 1927, Costa Pimpão (CP) foi aluno de nomes consagrados e influentes na história da literatura e da cultura portuguesas como Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Joaquim Mendes dos Remédios, António de Vasconcelos, Eugénio de Castro e Joaquim de Carvalho. Mais tarde, após ter obtido o diploma da Escola Normal Superior (1930) haveria de ingressar no magistério liceal, tendo sido reitor dos liceus do Funchal, Figueira da Foz e Viseu. Com exceção de uma breve passagem por França (Universidade de Bordéus), onde foi leitor de Português (1937-1939), do período em que foi professor visitante na Universidade Federal da Baía e na Universidade de São Paulo (1954-1957), a sua carreira universitária cumpre-se na Faculdade de Letras de Coimbra, entre 1939 e 1972, data da sua jubilação. Exerceu ainda os cargos de vogal do Conselho Superior do Instituto de Alta Cultura (1963-70) e de procurador à Câmara Corporativa, em representação dos homens de letras. A sua atividade de pesquisa abrange as três grandes áreas que caracterizam o ofício de filólogo: a edição de obras, a hermenêutica textual e a historiografia literária. Na senda dos mestres que o precederam, CP defendeu sempre o princípio de que a história literária só pode fazer-se com base em obras escrupulosamente editadas. Não admira assim que tenha consagrado a esta tarefa boa parte do seu saber e do seu tempo. De entre as várias edições que preparou distinguem-se aquelas que consagrou às obras de Luís de Camões e de Gil Vicente. No que diz respeito ao primeiro, Rimas, Autos e Cartas veem a luz em 1944, reunidas num só volume, em formato de luxo. O trabalho editorial em torno dos textos de Camões haveria de continuar até ao final da sua vida académica. Em 1953 e em 1973, após revisão, as Rimas são objeto de publicação separada, primeiro através da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e, mais tarde, já com a chancela da Livraria Almedina. Neste mesmo ano, surge também Os Lusíadas, em edição criteriosamente anotada, precedida de um longo e abrangente estudo prefacial e enriquecida com um precioso índice de nomes próprios. |
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