Honroso livro de estreia, Seis meses de guerra, do mesmo ano, regista depois as crónicas que foi publicando no Diário de Lisboa entre 8 de Setembro de 1939 e 26 de Março de 1940. Livro sereno, antes de começada a ocupação da França e a batalha de Inglaterra, com especial atenção aos países martirizados pelas invasões das grandes potências: o Reich alemão (Áustria, Checoslováquia e Polónia) e a União Soviética (Finlândia e Polónia). Também antes da ocupação da França e da formação do governo de união sagrada na Inglaterra, escreveu uma pequena biografia de Winston Churchill, então ainda e apenas Primeiro Lord do Almirantado. Texto encomiástico, que exaltava as qualidades do que haveria de ser o grande leader democrático contra o nazismo e que CF já considerava “o maior [inglês] do seu tempo.” (Churchill, p. 6).

Os americanos no Norte de África e A Itália capitulou? proporcionaram mais dois livros juntando crónicas de política internacional sobre esses acontecimentos, assim como A conferência de Moscovo, de fins de Outubro de 1943, que assinala a viragem na Guerra pela convergência das Nações Unidas com a União Soviética. Aí se congratula pela verdadeira coligação conseguida, sem contudo esconder as dificuldades que a posição soviética sobre a Polónia já permitiam antever. São assuntos de actualidade, que lhe mereceram a atenção, entendendo divulgar o que sabia para além das páginas dos jornais. Deu ainda especial atenção à derrota alemã – Como a Alemanha perdeu a guerra. Mesmo depois de terminado o conflito o atento cronista escreveu sobre o rescaldo do conflito O drama de Nuremberg. Trata-se de uma obra que procura mostrar e justificar a necessidade de levar perante a justiça internacional os que a pretexto da guerra praticaram ou promoveram actos puníveis como crimes comuns. Os políticos tinham que ser confrontados com a sua responsabilidade nos horrores que se sucederam na Alemanha e depois na Europa ocupada. Foi isso decidido logo na conferência de Moscovo em 1 de Novembro de 1943. E depois de 20 de Novembro de 1945 devidamente concretizado.

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