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GOMES, João Augusto Marques | |||||||||||||
A afirmação das primeiras ideias republicanas em Portugal face ao constante declínio da Monarquia Constitucional é outro dos pontos fortes evidenciados por Marques Gomes nesta obra. Outro dos aspectos evidentes que Marques Gomes retomou, como característica dos seus estudos históricos, foram as comemorações dos centenários de Camões em 1880 e do Marquês de Pombal em 1882. No tricentenário de Camões Marques Gomes viu o papel histórico de Portugal na marcha da civilização moderna e a sua epopeia de liberdade, fraternidade e progresso (pp. 505-507). No que diz respeito ao centenário do Marquês de Pombal, e ao contrário de que acontecera com Camões em 1880, coube ao governo a sua organização, tendo para o efeito, nomeado uma comissão presidida por Rodrigues Sampaio. O autor desenvolve uma interpretação historicista de Pombal apresentando-o à sociedade portuguesa do século XIX como um "(...) dos percursores do liberalismo e da própria democracia." (História da História em Portugal. Séculos XIX-XX, 1996, p. 623). Outro dos momentos históricos, de particular importância, evidenciados nesta obra por Marques Gomes é o Ultimatum Inglês de 1890. Este acontecimento político, que marcaria «o progresso da decadência» da Monarquia Constitucional, surgiu num contexto em que Portugal procurou definir as suas fronteiras em África e, para tal, desenhou um mapa onde ficariam unidos, sob administração portuguesa, os territórios de Angola e Moçambique e que foi aceite internacionalmente, mapa esse que ficou conhecido por «mapa cor-de-rosa». |
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