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Nos Temas de literatura portuguesa (1978), livro que reúne parte das suas diversificadas produções traduzidas em português, Pierre Hourcade lembra num breve prefácio o seu itinerário de lusitanista, destacando a vontade que nele nasceu de escrever sobre a literatura de Portugal para “romper a indiferença, por ignorância, do público culto francês relativamente a autores portugueses”, considerando-se nisso como um “iniciador” e um “revelador”. No primeiro ensaio, Panorama da literatura portuguesa, insiste sobre a originalidade nacional da produção literária, que resistiu a uma possível sufocação pela “poderosa Espanha”, e, novamente descobre, ao longo das épocas, a busca de um equilíbrio entre “o particularismo estreito e a aspiração ao universal”, entre “a vocação nacional” e “o mundo circundante”, exemplificando com Camões, Eça de Queiroz, - criador de um “romance português de interesse universal” - e Pessoa, entre outros. Estudando as “influências francesas sobre a literatura portuguesa”, considera que a larga cultura europeia enriqueceu a portuguesa, e que as literaturas que se fecham em si mesmas se estiolam. Retoma o tema em Eça de Queirós e a França, defendendo que o autor de Os Maias não só não foi um escritor desnacionalizado, como, pelo contrário, encontrou na cultura francesa “os meios de regenerar a cultura nacional”. |
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