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Outra característica da sua atividade foi a permanente vontade de internacionalização, ligada não só à vontade de promover o seu trabalho individual enquanto historiador e diretor do MNAA, mas também a um objetivo mais amplo de dar à história da arte portuguesa um lugar de destaque no contexto da história da arte ocidental. Essa internacionalização foi bastante bem sucedida, e teve a sua concretização através da publicação de artigos da sua autoria ou referentes ao seu trabalho em periódicos estrangeiros, da participação em conferências, e da organização de exposições internacionais de arte portuguesa. Destacam-se as suas participações nos Congressos Internacionais de História da Arte (Paris, 1921; Bruxelas, 1930; Estocolmo, 1933; e Berna, 1936), que constituíram uma oportunidade de promover perante os pares estrangeiros os estudos que vinham sendo feitos por si e por outros investigadores, como Luís Keil, Reinaldo dos Santos, João Barreira ou Vergílio Correia; e as grandes exposições de arte portuguesa que comissariou em Sevilha (1929) e em Paris (1931, com a colaboração de André Dézarrois e Adriano de Sousa Lopes), mostras de grande visibilidade pública que deram a conhecer a um público alargado obras como os Painéis de S. Vicente, a Custódia de Belém, ou as Tapeçarias de Pastrana. Apesar de algumas polémicas e críticas, os seus propósitos foram cumpridos: estes eventos estimularam de facto o interesse pela arte antiga portuguesa, o que se repercutiu no crescente número de visitas de grupos estrangeiros ao MNAA e num maior dinamismo das interrelações entre o museu e outras instituições europeias. José de Figueiredo faleceu no Porto no dia 18 de Dezembro de 1937, dois dias antes de completar os 66 anos de idade. Ocupava então os cargos de diretor dos Museu Nacionais de Arte Antiga (Janelas Verdes e Coches); Inspetor Geral dos Museus; presidente da Academia Nacional de Belas-Artes; vice-presidente do Conselho Superior de Belas-Artes; presidente da 6.ª secção (Belas-Artes) da Junta Nacional de Educação e membro do seu Conselho Permanente da Ação Educativa; membro da Câmara Corporativa; vogal da comissão administrativa da Casa de Bragança; membro do conselho administrativo do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães; membro da Comissão de Estética Municipal de Lisboa; e presidente da Comissão Nacional de Iconografia Portuguesa. |
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