Como resultado do conhecimento e contacto com a comunidade científica portuguesa, Kellenbenz participou no IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros: relações culturais, identidade e interlocução, em 1959, na cidade de Salvador da Bahia. Nesse mesmo colóquio intensificaram-se as relações entre o historiador alemão e os seus colegas portugueses, casos de Joel Serrão, Joaquim Veríssimo Serrão e Luís de Matos.

Durante os anos 60, H. Kellenbenz foi professor de História Económica e Social na Universidade de Colónia e ao mesmo tempo director do Arquivo Económico da região de Renânia de Vestefália (Colónia): Rheinisch-Westpfälisches Wirtschaftsarchiv. Ainda neste tempo, criou o centro de investigações da Universidade de Colónia chamado “Kölner Forschungsinstitut” (Instituto de Investigações da Universidade de Colónia). Continuando a investigar as relações económicas entre a Alemanha e Portugal (e Brasil), os incontáveis resultados das pesquisas em arquivos mundiais deram lugar às publicações como “O projecto duma “Casa de Contratação” em Lisboa” (1960), “Os mercadores alemães de Lisboa por volta de 1530” (1961), entre outras. Também nesses anos, foi convidado para participar na elaboração do Dicionário de História de Portugal, dirigido por Joel Serrão, com entradas sobre Alemães em Portugal, Fuggers em Portugal, Imhoff, entre outras. Regressando à cidade de Nuremberga e à Universidade de Nuremberga-Erlangen em 1970, onde já tinha dado aulas entre 1957 e 1960, H. Kellenbenz aí permaneceu até à sua reforma em 1983.

Criou o Colóquio Internacional em Colónia de História Económica e Social: Kölner Kolloquien zur Internationalen Wirtschafts- und Sozialgeschichte, que, numa Europa pós guerra durante os anos 60 e início de 70, tinha como objectivo unir e associar os historiadores e investigadores que estudavam a história económica e social europeia. O primeiro colóquio concentrou-se nas relações económicas entre a Europa e a Península Ibérica durante o tempo dos Descobrimentos e o impacto dos novos mercados internacionais estabelecidos e ligados pelo comércio marítimo; os seguintes focaram-se na importância do cobre e do ferro na Europa Renascentista.

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