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Na obra de 1966, a formação de Portugal era definida como um processo cumulativo de especificidades que foram consciencializadas e estimuladas progressivamente, sobretudo a partir do momento em que foi alcançada a autonomia política. De acordo com o historiador, o Portugal de D. Afonso Henriques “was not a mere restoration of Roman Lusitania and […] his assumption was an act of political inauguration” (A New History, p.10). Este carácter inaugural da acção política do primeiro rei de Portugal justapôs-se, segundo HL, a uma existência já longa dos Portugueses, cuja cultura precedia esse marco político, num percurso que se desenvolveu desde o Territorium Portucalense até à consolidação do reino. No que diz respeito à conceptualização, HL contribuiu significativamente, no seio da historiografia britânica sobre Portugal, para um acréscimo de objectividade, através da consolidação da utilização dos termos Portugal, poder, autoridade e sociedade, em detrimento de conceitos como nação, progresso, decadência e raça, frequentemente aplicados nas décadas anteriores. A leitura da sua obra requer, por conseguinte, o conhecimento de um axioma de partida que, em grande medida, define a estruturação e selecções operadas na mesma: “a history of a nation deals with the life of a society and is concerned with the distribution of power and the use made of it.” (A New History, p.X). É portanto a partir dos conceitos basilares de Sociedade e Poder que o autor analisa a história de Portugal, ferramenta conceptual cuja pertinência se evidencia fortemente nos capítulos sobre a I República e o Estado Novo, privilegiados por HL. |
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