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Em 1947, Ivo Cruz convidou-o a reger o Curso Livre de Clavicórdio e Interpretação de Música Antiga no Conservatório Nacional, disciplina que, na prática, se converteu na cobertura genérica oficial de um trabalho individualizado que M. S. Kastner foi desenvolvendo com dezenas de jovens músicos em domínios variados. Estes iam do clavicórdio propriamente dito ao cravo, ao piano, aos instrumentos de corda, aos sopros, ao canto, à história da música ibérica, à paleografia musical e à teoria das práticas interpretativas, não só do repertório pré-oitocentista mas também da música de câmara instrumental romântica e contemporânea. Pode dizer-se que com ele estudaram quase todos os musicólogos e intérpretes de música antiga mais destacados que foram surgindo em Portugal entre as décadas de 50 e 70 (por exemplo, Joaquim Simões da Hora, Manuel Morais, Gerhard Doderer , Cremilde Rosado Fernandes, Manuel Carlos de Brito e Rui Vieira Nery ). Nas mesmas matérias, incidia a formação de dezenas de alunos particulares que, no mesmo período, lhe iam chegando de todo o mundo (designadamente Bernard Brauchli , Serfio Vartolo , José Luís Gonzaléz Uriol , María Ester Sla , Jens Christiansen , etc.). Como musicólogo, publicou, além das múltiplas antologias já mencionadas, as edições integrais de M. R. Coelho, C. de Araúxo e C. Seixas, dos concertos de Soler e das obras para conjuntos instrumentais de Selma y Salaverde , tendo promovido e orientado outras edições da responsabilidade de alunos seus, como C. R. Fernandes ou G. Doderer . Deixou também, além de importantes estudos introdutórios a essas publicações, ensaios biográficos e analíticos sobre Cabezón , A. Carreira, C. de Araúxo , M. R. Coelho, Pedro de Araújo e Cabanilles , e.o ., e estudos de referência incontornável sobre o tento e sobre a ornamentação e a glosa na música antiga ibérica para tecla. Trabalhou durante longos anos na inventariação e estudo do Museu Instrumental do Conservatório, quer no período em que esta colecção se encontrava ainda na dependência daquela escola, quer quando passou para a alçada da Secretaria de Estado da Cultura, em depósito temporário no edifício da Biblioteca Nacional. |
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