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Miguel Augusto, nascido a 15 de dezembro, foi o mais velho dos sete filhos de Jacinto de Oliveira e Rosa Maria de Jesus, dados como «lavradores» no assento de batismo do seu primogénito. Depois do ensino primário realizado na freguesia da sua naturalidade, prosseguiu os estudos no seminário menor da diocese do Porto, nos Carvalhos, em que ingressou a 16 de Janeiro de 1911. Daí transitou para o seminário maior da diocese, onde se destacou pelas classificações obtidas ao longo do curso trienal de estudos teológicos. Dadas as qualidades intelectuais reveladas, as autoridades diocesanas convidaram-no a prosseguir os estudos superiores na Universidade Gregoriana (Roma), o que declinou. Enquanto aguardava a idade canónica para a ordenação presbiteral, exerceu atividades letivas no Colégio Feirense no ano académico de 1917-1918 e, no ano seguinte, no Colégio Ovarense. A partir de Fevereiro de 1920 prossegui funções docentes no Seminário de Preparatórios da sua diocese, então em funcionamento no Paço da Torre da Marca. Aí lecionou as disciplinas de Português, Francês e História tendo sido ordenado presbítero a 18 de Julho de 1920. Cinco anos depois, foi escolhido para liderar a redação do jornal católico Novidades, mudando-se para Lisboa. Ainda antes, nesse mesmo ano, realizou a primeira das viagens à Palestina. A crónica que dela fez, publicada nesse periódico, suscitaria o interesse do grupo que, integrando uma iniciativa francesa, empreendeu novo périplo em 1927: além da Palestina, visitou o Egito, Líbano, Turquia, Grécia e Síria, além de Itália e França. Continuando a atividade jornalística, assumiu, a partir de 1932, a incumbência de censor literário na secção editorial da União Gráfica. Escritor prolífico, deixou publicados mais de duzentos títulos, repartidos entre obras monográficas em artigo ou livro e colaborações variadas com a imprensa ou iniciativas editoriais coletivas: na imprensa local, no Progresso da Feira e em O Concelho de Estarreja, ou diocesana do Porto, na Voz do Pastor, do final dos anos de 1910 aos primeiros anos da década seguinte, passando pela extensa e dificilmente quantificável contribuição para a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. No início dos anos 1930 encetou, com Lopes da Cruz e Raúl Machado, a publicação do Anuário Católico de Portugal (ainda editado, noutros moldes). |
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