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Correspondeu a uma tarefa gigantesca a que se lançou, com o objetivo de fornecer uma visão global do ensino português e que se apresenta, ainda hoje, fundamental para estudantes, professores, investigadores e outros estudiosos da matéria pelo que tem conhecido diversas edições ao longo dos anos. Como reconhecimento da investigação realizada no âmbito da história da educação, Rómulo de Carvalho presidiu à última sessão do I Encontro de História da Educação em Portugal realizado, em outubro de 1987, pelo Serviço de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Departamento de Educação da Faculdade de Ciências de Lisboa e que contou com a presença de um número muito considerável de investigadores que se vinham ocupando desses temas.No que respeita à história da ciência, Rómulo de Carvalho abordou-a em diversos trabalhos, tendo igualmente desenvolvido investigações específicas, nomeadamente aquando do seu doutoramento honoris causa − Actividades científicas em Portugal no século XVIII. A partir da década 1950, Rómulo de Carvalho legou-nos outros estudos históricos, desde trabalhos biográficos relativos a homens de ciência como seja, a título exemplificativo, Ferreira da Silva. Homenagem de ciência e de pensamento 1853-1923 (1953), e Albert Einstein (1879-1955) (1956), a Relações entre Portugal e a Rússia no século XVIII (1979). Na sua qualidade de professor metodólogo, deixou um número considerável de artigos publicados especialmente nos periódicos Boletim do Ensino Secundário, Gazeta de Física e Palestra e nos diários Comércio do Porto e Jornal de Notícias. Uma palavra final para o livro editado pela Fundação Calouste Gulbenkian e que tem conhecido sucessivas edições, Origens de Portugal: história contada a uma criança (1998), com ilustrações do próprio autor, escrita durante a II Guerra Mundial e tendo como destinatário seu filho de sete anos que acabara de ingressar no ensino primário. Em reconhecimento de toda a sua atividade e do legado deixado, a Presidência da República atribuiu-lhe a insígnia de Grande Oficial da Ordem de Instrução Pública (1987) e, no dia em que completou 90 anos, distinguiu-o com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago e Espada. Na mesma ocasião, o Ministério da Ciência e Tecnologia (24 de novembro de 1996) promoveu-lhe uma homenagem nacional, em colaboração com instituições e personalidades dos meios universitário, educativo e cultural, a qual teve lugar na Academia de Ciências de Lisboa, tendo então sido proposta essa data como “Dia Nacional da Cultura Científica, momento privilegiado, todos os anos, de balanço, de reflexão e de ação sobre o papel do conhecimento no nosso futuro”. No ano anterior, a Universidade de Évora atribuíra-lhe um doutoramento honoris causa. Em 1992, o seu nome foi dado à Escola Secundária da Cova da Piedade (1992) e, a título póstumo, a uma rua situada no Bairro de Marvila, em Lisboa (1997). Ao longo de sua vida e depois do falecimento, outras homenagens lhe foram feitas de reconhecimento do seu valor, em sessões públicas, na rádio e na televisão, em compilação de textos seus e na elaboração de trabalhos académicos sobre a sua obra. |
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