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Francisco Justiniano Saraiva nasceu em Ponte de Lima, no dia 26 de janeiro de 1766 e foi baptizado a 9 de Fevereiro. Era filho de Manuel José Saraiva, Tabelião do Público, Judicial e Notas na sua terra natal, e de sua mulher Leonor Maria Teodora Correia. Foi monge Beneditino. Fez o seu voto solene na Ordem, no Mosteiro de Santa Maria de Tibães, em 27 de Janeiro de 1782, um dia depois de ter completado dezasseis anos. Quando professou, decidiu mudar o seu nome para Francisco de S. Luís. Durante toda a sua vida, mostrou sempre uma enorme simpatia pelas ideias liberais e iluministas tendo tido importante intervenção na vida política e social do seu tempo. Por diversas vezes a sua carreira religiosa e académica foi afectada, devido a esta sua postura de intervenção. Existem diversas referências ao facto de ter pertencido à Maçonaria, onde teria adoptado o nome de Condorcet, embora tenha sido publicado em 1945, no Mensageiro de São Bento, um texto de sua autoria onde nega que tenha pertencido a esta organização. António Ventura, em Uma História da Maçonaria em Portugal. 1727-1986, realça o papel da Maçonaria na implementação do regime liberal em Portugal, identificando os maçons que integravam as Juntas Provisionais formadas, primeiro no Porto e depois em Lisboa, estando o nome de Francisco de S Luís em ambas as listas. Oliveira Marques, refere que provavelmente ele foi iniciado, numa loja em Coimbra, antes de 1821, com o nome simbólico de Condorcet. Em 1808 foi nomeado para a Junta que se formou no Minho para reger os destinos do reino e levar a cabo a luta contra os invasores franceses. Em 1820, quando se iniciou o processo que conduziria à mudança para uma monarquia constitucional, mais uma vez ele foi chamado para funções políticas, integrando a Junta Provisória do Supremo Governo do Reino, que se constituiu no Porto. Em finais de 1822 foi eleito deputado às cortes ordinárias, passando a presidente das mesmas em Fevereiro do ano seguinte. Logo no ano seguinte, com a queda da Constituição de 1822, abandonou essas funções e retirou-se para o Mosteiro da Batalha. Regressou a uma vida política activa em 1826, como deputado às cortes, para novamente abandonar essa actividade em 1828, como consequência da ascensão de D. Miguel ao poder. Desta feita, retirou-se para o Mosteiro da Serra de Ossa, no qual permaneceu por seis anos. Com o fim da Guerra Civil e a vitória liberal de 1834, volta a envolver-se na política activa. Foi deputado por mais três vezes, em 1834, 1836 e 1838. |
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