António Ribeiro dos Santos era filho de um Coronel de Mineiros, neto e sobrinho de comerciantes com atividade no Rio de Janeiro para onde se dirigiu em 1756. Acompanhou o seu tio Gonçalo Ribeiro dos Santos no regresso a Portugal em 1764. Este seu familiar que se estabeleceu em Lisboa, na rua de S. Domingos, foi Diretor da Junta da Administração dos Fundos da Companhia de Pernambuco e Paraíba. Convive portanto, muito de perto, com a burguesia pombalina e dedicará mesmo as suas teses doutorais a Joaquim Inácio da Cruz. Estuda Humanidades (Latim Grego, Filosofia e Retórica) no Seminário de nossa Senhora da Lapa, no Rio de Janeiro tendo sido seus professores ex-jesuítas. Frequenta o Curso de Cânones na Universidade de Coimbra fazendo exames de Instituta em 1763. Obtém o grau de Bacharel em 1768 e o de Licenciado e Doutor em 1771. Opositor da Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra é Lente Substituto da Primeira Sintética de Cânones entre 1779 e 1789 docência a que regressa em 1795. Assegura, igualmente, a Segunda Cadeira Sintética de Cânones (1790-1795). Jubila-se em 1795.

António Ribeiro dos Santos desempenha vários cargos e dignidades ao longo da sua vida: Bibliotecário da Universidade (1777), Desembargador Ordinário da Casa da Suplicação (1789), Comissário-Geral dos Estudos na Repartição da Corte e Província da Estremadura (1790), Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo (1790), Cónego da Sé de Viseu (1792), Deputado do Santo Ofício (1793), Cronista da Casa de Bragança (1795), Censor Régio (1795), Deputado da Junta da Casa de Bragança (1797), Cónego Doutoral da Sé de Faro (1800), Deputado da Junta da Diretoria Geral dos Estudos Menores (1800), Deputado da Junta da Organização do Código Penal Militar (1802), Deputado da Mesa de Consciência e Ordens (1802), Cónego da Sé Metropolitana de Évora (1804), Bibliotecário Mor da Real Biblioteca Pública (1804) e Deputado da Junta da Bula da Cruzada (1809).

A primeira publicação impressa de natureza historiográfica de António Ribeiro dos Santos, Memória da Literatura sagrada dos Judeus portugueses desde o tempo da Monarquia é de 1782 embora o seu labor historiográfico inédito date do início dos anos 70. No espólio de Ribeiro dos Santos podemos encontrar vários estudos de história sagrada, eclesiástica e civil. No último domínio há material da maior importância para a história do direito e das instituições.

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