Nascido no concelho do Sardoal (distrito de Santarém) a 15 de Janeiro de 1868, foi militante da “acção católica” — um dos patronos da criação do Centro Académico da Democracia Cristã de Coimbra (CADC de Coimbra) — e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), tendo-se especializado nas áreas da higiene e da “medicina social”. Foi, também, docente convidado na Faculdade de Letras e na Escola Normal Superior da UC (FLUC e ENSUC). Entre 1933 e 1938 (ano em que se jubilou) desempenhou o cargo de Director-Geral da Saúde Escolar do Ministério da Instrução Pública — desde 1936 Ministério da Educação Nacional. Faleceu no dia 8 de Abril de 1956.

Após ter frequentado com mérito a Faculdade de Filosofia Natural da Universidade de Coimbra — mais tarde Faculdade de Ciências e hoje Faculdade de Ciências e Tecnologia —, João Serras e Silva inscreveu-se na FMUC (1891), onde se graduou no ano de 1896. Depois de ter obtido os graus de licenciado e de doutor, concorreu em 1898 com sucesso à docência naquela Faculdade da UC. Defendeu as dissertações intituladas “A hereditariedade da sífilis”, “O alcoolismo” e “O clima de altitude e a tuberculose pulmonar”. Em 1895 colaborou com Augusto Rocha — professor da FMUC e Director da Coimbra Médica — e com António Leite de Faria na organização em Coimbra do 1º Congresso Nacional da Tuberculose.

Defensor de João Franco na fase final da Monarquia Constitucional e de Sidónio Pais durante a Primeira República, João Serras e Silva integrou a base de apoio da Ditadura Militar e do Estado Novo, tendo sido membro da Câmara Corporativa. Militou, entre outras organizações, na Comissão Central das Conferências de S. Vicente de Paulo, na Associação dos Médicos Católicos Portugueses e na Cruzada Nacional D. Nuno Álvares Pereira. Foi um dos mentores da geração de dirigentes do CADC de Coimbra simbolizada por Manuel Gonçalves Cerejeira e por António de Oliveira Salazar.

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