Iniciou a sua formação na Academia Politécnica e na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Mas deixaria a actividade médica para enveredar por uma carreira jornalística (Folha Nova e Província) meio em que conheceu, entre outros, Oliveira Martins, Eça de Queirós e Antero de Quental. Mudou-se para Lisboa em 1892, onde colaborou com o Novidades, onde conheceu Eugénio de Castro, e desempenhou funções administrativas na Companhia Carris.A sua entrada no ensino ocorre com a reforma liceal de Jaime Moniz (1895), sendo nomeado professor do Liceu Central de Évora. Na cidade alentejana foi director da Escola de Habilitação para o Magistério Primário e da Biblioteca Pública.

Em 1900 filia-se no Partido Regenerador, sendo eleito deputado pelo círculo de Vila Verde (Braga) no ano seguinte. Logo depois é escolhido para governador civil de Viana do Castelo, cargo que ocupará por duas vezes (1901/04 e 1906). Ainda voltaria a São Bento nas legislaturas de 1905, 1908 e 1910, quando o 5 de Outubro veio instaurar o regime republicano. No novo quadro institucional ocupou posições cimeiras no âmbito educativo, sendo Director-Geral do Ensino Secundário, Superior e Especial (primeiro no Ministério do Interior e depois no novo Ministério da Instrução), vice-reitor da Universidade de Lisboa e representante das Universidades no Senado da República (1918).

Regressaria ao ensino com a Reforma de 1901 do Curso Superior de Letras, tendo sido escolhido para a cadeira de História do Ensino secundário desde o século XVI. Em 1910, ainda antes da implantação da República e com a morte do então director do Curso Superior de Letras, Consiglieri Pedroso, Q. V. foi eleito para substituí-lo no cargo. Em 1911, ganhou a primeira eleição para a direcção da Faculdade de Letras de Lisboa. Dentro da Universidade, seria ainda vice-reitor. Manteria o cargo de director da Faculdade até 1929, quando atingiu o limite de idade e teve de deixar os seus lugares na estrutura universitária. Contudo, foi a partir deste momento que desenvolveu a maioria dos seus trabalhos historiográficos. Transitando do Curso Superior de Letras para a nova Faculdade, Q. V. integraria a Secção de História, regendo as cadeiras de História Geral da Civilização (1911-1930), Propedêutica Histórica (1918/19), História de Portugal II (1917-1930), além da cadeira de História da Filosofia Moderna e Contemporânea, por um curto período (1914/15).

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