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Escritor, professor e jornalista açoriano, também autor de diversas obras de carácter historiográfico, era natural da Ilha Terceira (Açores). Depois de passar pelos liceus de Angra e da Horta (Faial), concluiu o ensino secundário em Coimbra e aí iniciou a Universidade em 1922, no curso de Direito, transitando para o de Histórico-Filosóficas (1924) e para o de Filologia Românica (1925) e concluindo este último em 1931, já na Universidade de Lisboa, em cuja Faculdade de Letras iniciou a carreira académica (1933-1971) e se doutorou com a tese A Mocidade de Herculano até à volta do exílio (1934). Foi revisor de imprensa, redactor e repórter dos jornais lisboetas A Pátria, A Imprensa de Lisboa e Última Hora (1920-21), do Humanidade, de Coimbra (1925) e colaborador de grande número de publicações, quer jornais diários, como o Diário de Lisboa ou o Diário Popular, quer revistas de relevo cultural como a Seara Nova, destacando-se as ligadas ao segundo Modernismo das décadas de 20 e 30 (Byzancio, Tríptico, Presença) ou a tendências marcantes dos anos 40 (Cadernos de Poesia, Variante, Aventura, Litoral), tendo tido coluna própria em vários órgãos (por exemplo, no semanário Observador ,1970-74). Fundou o “jornal republicano académico” Gente Nova (1927-28), a importante Revista de Portugal (1937-40) e dirigiu o diário O Dia (1975-76). A partir dos anos 40 colaborou regularmente na rádio e, em 1969, iniciou um programa televisivo (Se bem me lembro, RTP, até 1975) que lhe deu uma inesperada popularidade. Depois de uma primeira viagem a Espanha (1923) - relevante por ter conhecido em Salamanca Miguel de Unamuno, com quem se viria a corresponder, e em Madrid Ortega y Gasset, a quem entrevistou então para o Diário de Lisboa e com quem viria a conviver em Lisboa (1942-46) - a carreira académica levou-o a ensinar em França (Universidade de Montpellier, 1934-36, de que será Doutor honoris causa, 1960), na Bélgica (Universidade Livre de Bruxelas, 1937-39) e, a partir de 1952, em várias universidades brasileiras (do Rio, de S. Paulo, da Bahia, de Minas Gerais, do Ceará, de que será honoris causa, 1965), por períodos mais ou menos longos mas sempre com grande repercussão na sua obra. Como conferencista, fez variadíssimos circuitos europeus, em especial desde os anos 50 até 1977, e ocasionalmente viajou também por África (Angola e Moçambique, 1960) e América (Canadá, 1971). |
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