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Dirigiu a Faculdade de Letras de Lisboa (1956-58) e o seu Instituto de Cultura Brasileira, foi membro da Academia das Ciências de Lisboa (sócio correspondente, 1957; efectivo, 1963), da Academia Brasileira de Letras, dos Institutos Históricos do Rio de Janeiro e de Brasília, foi presidente da Alliance Française de Lisboa, da Comissão Nacional do V Centenário de Gil Vicente (1965) e participante de muitas outras (do V Centenário da morte do Infante D. Henrique, 1960, da fundação de S. Paulo, 1964, da publicação de Os Lusíadas, 1972, etc.). Dos prémios que ganhou (Prémio Ricardo Malheiros, 1944, Prémio Nacional de Literatura, 1965, etc.) salienta-se o Prémio Internacional Montaigne, da Fundação F.V.S. de Hamburgo (1974). A obra literária de Nemésio, embora abrangendo quase todas as tipologias, é sobretudo significativa pela poesia, que foi publicando, de forma mais ou menos constante, entre 1915 e 1977, com tão sensíveis clivagens estéticas e temáticas que por vezes parece pertencer a autores diferentes - veja-se, por exemplo, O bicho harmonioso (1938), Nem toda a noite a vida (1952), Limite de idade (1972) - e pela ficção narrativa, dominada pelo romance Mau tempo no canal (1944) mas incluindo também formas curtas (O mistério do Paço do Milhafre, 1949). Publicou ainda uma grande variedade de textos de índole mais ou menos cronística (que, em geral, fizeram o percurso da imprensa ou da divulgação radiofónica até à recolha em livro) que vão desde a literatura de viagens, o apontamento avulso, a meditação sobre aspectos culturais ou sociais até ao ensaio propriamente dito e a abordagens críticas da literatura e da história literária. Por outro lado, existe um conjunto de estudos resultantes de investigação académica, com especial relevo para o conhecimento da cultura e da literatura portuguesas oitocentistas, onde avultam o vasto núcleo centrado em Herculano e na cultura romântica (veja-se, por exemplo, Relações francesas do Romantismo português, 1936), e os dedicados ao Brasil, em especial O Campo de São Paulo. A Companhia de Jesus e o plano português do Brasil (1954). |
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