William James Entwistle nasceu a 7 de dezembro de 1895 em Cheng Yang Kuan, na China. Os seus pais, William Edmund Entwistle e Jessie Ann Buchan, eram missionários na China Inland Mission. Na escola da missão recebeu a sua educação elementar e adquiriu fluência na língua chinesa. Tendo vindo para a Europa para prosseguir estudos, frequentou o Robert Gordon’s College, em Aberdeen, cidade onde iniciou também o seu percurso universitário, no curso de estudos clássicos, concluído em 1916. Juntou-se, após terminar o curso, aos combates da I Guerra Mundial. Recebeu, em 1920, uma bolsa de investigação na Universidade Madrid, onde permaneceu até ao ano seguinte. O trabalho aí realizado deu origem ao seu primeiro livro, The Arturian Legend in the Literatures of the Spanish Peninsula, publicado em 1925. Quando, em 1939, publica European Balladry, a sua obra mais importante e ambiciosa, tinha já dominado a maioria das línguas europeias, podendo fazer uma análise comparativa das suas literaturas populares no original (Griswold Morley, S., “William James Entwistle ”, Hispanic Review, 1952, pp. 333-334) .

Foi professor na Universidade de Manchester entre 1921 e 1925, antes de se tornar catedrático em Glasgow. Foi eleito, em 1932, para a Cátedra de Espanhol Afonso XIII, em Oxford. Na mesma universidade assumiu, no ano seguinte, o cargo de Diretor de Estudos Portugueses (Ibidem, pp. 333-334). Editou, entre 1934 e 1948, a revista Modern Language Review, na área de línguas romances. Foi fundador da revista Year’s Work in Modern Language Studies, que dirigiu entre 1931 e 1937, e diretor geral das Great Languages Series, de 1940 até 1952. Foi, no seu último ano de vida, eleito presidente da Modern Humanities Research Association, e membro de academias estrangeiras, tais como a Academia de História (tanto em Portugal como em Espanha). Também foi agraciado, em 1945, ano em que lecionou em Portugal, com o título de Doutor em Letras honoris causa pela Universidade de Coimbra (Ewert, A., “William James Entwistle (1895-1952)”, Proceedings of the British Academy, pp. 336, 342-343) .

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