Boletim do Arquivo Histórico Militar (1930 - 2005)
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Por norma o Boletim publica um ou dois artigos, seguido de inventariações ou transcrições, terminando com o Relatório da Comissão Militar e do Arquivo Histórico Militar, como supradito. Muitas das publicações são da autoria de arquivistas e de militares trazendo uma panóplia de ensaios onde verificamos que predomina um conceito erudito e documental da prática historiográfica, com valor informativo, seguindo maioritariamente a vocação patrimonial da própria instituição de que o Boletim é aliado. Também por isso, são publicados inventários do espólio do Arquivo Histórico Militar e de outros que contenham documentação respeitante à história militar, a título de exemplo, o Arquivo do Conde de Lippe no décimo novo volume, o Arquivo de Tamagnini presente no vigésimo novo volume, ou bibliotecas como a Biblioteca Pública de Braga, inventário da autoria de José Baptista Barreiros no trigésimo segundo volume.
De uma maneira geral, dando primazia à História Moderna e Contemporânea portuguesa, muitos dos artigos prolongam-se na análise de correspondências várias, testemunhos de cercos, memórias de Regimentos de Infantaria ou de determinados batalhões; também se encontram diversas abordagens sobre planos de defesa, sobre o serviço de saúde Militar e ainda aproximações à Numismática.
Um aspecto relevante a assinalar é a presença residual da historiografia universitária, como é o caso de António Pedro Vicente, Artur Teodoro de Matos, João Medina e António Ventura, com artigos como Memórias políticas, geográficas e militares de Portugal – 1762-1796 (vol. 41, 1971), Subsídios para a história da carreira da Índia - Documentos da Nau S. Pantalião (vol. 45, 1975), Ecos em Portugal da Terceira Guerra Carlista (1872-1876) (vol. 62, 1997), Guerra de 1801. Diários de Operações das Divisões Espanholas e do Exército de Operações contra Portugal (vol. 61, 1995), respectivamente. Por outro lado, em algumas publicações foram editados numa separata artigos de maior extensão da autoria de Alberto Faria de Morais, José de Campos Souza, Jorge Castilho, Vitorino José César, Júlio Gonçalves, Frederico Alcide de Oliveira, Afonso do Paço e Coronel Madureira dos Santos, este último director do arquivo, e ainda da maioria dos historiadores em cima referidos