O mais recente número da Bracara Augusta conta-se já no n.º 132, estando dois números presentemente no prelo. Com uma alternância na periodicidade mensal, trimestral, semestral e anual, mantém um layout sóbrio e com poucas mudanças gráficas na sua existência editorial, sendo adornado com gravuras e fotografias para ilustração das notícias académicas. Com um preçário variável no decurso das últimas décadas, pode ser adquirido actualmente ao preço unitário de 15 euros, sendo possível subscrever a sua assinatura prévia. Entretanto, a terceira série é constituída pela Revista Cultural Bracara Augusta, sob a direcção de Luís Alexandre Cabral da Silva Pereira (1947-), não esquecendo as edições especiais dedicadas à «Homenagem ao Dr. Sérgio da Silva Pinto» e ao Santuário do Bom Jesus de Braga, entre outras efemérides e celebridades históricas, como o célebre arcebispo bracarense D. Fr. Bartolomeu dos Mártires (1514-1590) ou Fr. António do Rosado (c. 1575-1640), por exemplo.
O vastíssimo conteúdo da Bracara Augusta abrange todos os períodos históricos desde a Pré-História, a Antiguidade Clássica e, obviamente, a historiografia romana imperial, aludindo às vetustas tradições da romanização em território português. Aliás, sobressai o imenso peso das indagações arqueológicas e a promoção da própria Arqueologia desde os primeiros momentos desta publicação, na qual se encontram as mais distintas observações sobre a cultura castreja portuguesa. Tratando-se de uma publicação erudita e focalizada, essencialmente, na divulgação de trabalhos académicos, sempre norteados pelo rigor científico, a maioria dos colaboradores tem tratado assuntos da História Local e Regional em redor de Braga e do norte de Portugal, surgindo impreterivelmente nas referências bibliográficas especializadas.
Retratando maioritariamente temáticas culturais em toda a sua extensão, na revista Bracara Augusta encontram-se os mais diversos estudos genealógicos e patronímicos, com enfoque para os primórdios da Igreja, acompanhando a sua implementação na consolidação do território nacional e posteriormente nos espaços ultramarinos. Mas o seu manancial está longe de esgotar-se nestes campos, se não consultem-se os proveitosos trabalhos dedicados às artes, ofícios e técnicas medievais, assim como a interpretação das tendências arquitectónicas nacionais, nomeadamente na evolução do nosso planeamento rural e urbano.