![]() |
|||||||||||||
![]() |
![]() |
![]() |
|||||||||||
![]() |
|||||||||||||
| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
Tradutor, crítico literário e historiador, William Christopher Atkinson é digno de nota, na história dos estudos portugueses no Reino Unido, não tanto pelas suas obras como pelo seu esforço para difundir o interesse pela língua, literatura e história portuguesas nas ilhas britânicas e implementar o seu ensino nas universidades, em particular na de Belfast, onde lecionou. Nascido nessa cidade, em 1902, William era filho de Robert Atkinson, um mestre-escola, e de Rachel Abraham. Frequentou a Queen’s University de Belfast, formando-se em espanhol e francês em 1924. Depois de uma temporada passada em Madrid, regressou à sua cidade natal em 1925 para se dedicar a uma tese de mestrado sobre o humanista Hernán Pérez de Oliva. Desde cedo lecionou castelhano, primeiro como leitor na sua alma mater e, a partir de 1932, como professor da Stevenson Chair na Universidade de Glasgow. Durante a Segunda Grande Guerra, serviu no Foreign Office, encabeçando as secções espanhola e portuguesa do Foreign Research and Press Service, desse modo expandindo o seu conhecimento sobre a Península. Regressado à vida civil, veio a liderar o Departamento de Espanhol de Glasgow, no qual introduziu o estudo da língua e cultura portuguesas e das literaturas latino-americanas. A sua iniciativa nas décadas seguintes foi fulcral para tornar Portugal e a América do Sul e Central partes integrantes dos estudos hispânicos nas universidades britânicas, inclusive através dos estudantes que formou e que viriam a destacar-se na área. Foi diretor, começando em 1966, do Institute of Latin American Studies de Glasgow, alargando ainda mais o estudo dessas áreas. Colaborou longamente com o Bulletin of Spanish Studies , servindo até de editor interino em 1953 e assegurando assim a contínua publicação da revista. Não obstante a defesa dos estudos portugueses e americanos, Atkinson dedicou a maior parte da sua produção académica a tópicos espanhóis – literários, mas também históricos. Traduziu obras de Pérez de Oliva e de vários outros autores do castelhano e escreveu sobre os mesmos temas, focando-se sobretudo na literatura do Século de Ouro espanhol. |
|||||||||||||