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A identificação dessas semelhanças, e daquilo que o historiador vê como a unidade geográfica do espaço peninsular (apartado da Europa), não significa que os vários povos não possuam identidades nacionais. No caso de Portugal, a nacionalidade não é vista como resultando da independência (narrada como produto da ambição pessoal de D.ª Teresa e D. Afonso Henriques), mas sim da conclusão bastante precoce da Reconquista, que permitiu ao país consolidar-se internamente e definir um propósito nacional claro, nomeadamente a expansão ultramarina. Outros fatores de diferenciação são encontrados na presença mais intensa de celtas no ocidente da Península (responsáveis pelo caráter melancólico e lírico dos galaico-portugueses) e na geografia que faz deles um povo oceânico. Através da expansão, cumprem assim o seu destino marítimo. Os Descobrimentos são vistos por este Autor de forma altamente positiva, exprimindo admiração pelas viagens de exploração e pelas conquistas. Na visão de Atkinson, Vasco da Gama inaugurou uma nova era do mundo, não apenas por estabelecer a ligação direta entre o Ocidente e o Oriente, mas sobretudo por iniciar uma nova conceção de império , baseada na navegação e no comércio, não na conquista territorial. Essa mesma conceção, afirma, logrará à Inglaterra o império global que obteve nos séculos seguintes (Espanha, pelo contrário, é uma potência terrestre e perpetua o modelo imperial anterior). Portugal é assim um precursor da mentalidade comercial, que se tornaria dominante, e é nesse papel digno de grande louvor. Sem deixar de apontar que o império asiático entrou em declínio depois do vice-reinado de D. João de Castro e que a riqueza do Oriente influenciou negativamente a situação económica e moral do reino, Atkinson não coloca especial foco em noções decadentistas, enfatizando em vez disso que Portugal “refundou” o seu império, primeiro no Brasil e depois em África, mantendo ainda nesta possessões extensas e dignas de “orgulho”. Quanto à metrópole, elogia figuras posteriores como D. João V, o Marquês de Pombal e D. Pedro IV. |
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