António Baião nasceu a 10 de Outubro de 1878 em Alqueidão de Santo Amaro (concelho de Ferreira do Zêzere) e morreu em Lisboa a 21 de Maio de 1961. Era filho de António Simões Baião e de Emília Cotrim de Carvalho Baião, proprietários.

Fez os seus estudos primários na terra natal, os secundários no colégio jesuíta de São Fiel (Louriçal do Campo) e em Santarém. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, formando-se como bacharel a 12 de Junho de 1900, com 22 anos incompletos. No período de 1894 a 1900, em que estudou em Coimbra, foi contemporâneo de Emídio Navarro, de Afonso Lopes Vieira e de Laranjo Coelho. Exerceu o cargo de professor do ensino secundário em Santarém, de 1900 a 1902.

Porém, a sua existência intelectual só verdadeiramente se inicia a partir de 18 de Dezembro de 1902, dia em que ingressou no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, por nomeação como segundo conservador (Raúl Rego, «O Dr. António Baião», in Arnaldo Henriques de Oliveira, Catálogo da... biblioteca do Dr. António Simões Baião... , p. III .

Durante quase meio século, de 1902 a 1948, a vida de António Baião vai estar estreitamente interligada com a da Torre do Tombo. É aí que nasce enquanto investigador e erudito e que rapidamente vai ascender a primeiro conservador e à direcção da instituição, respectivamente a 23 de Junho de 1906 e a 10 de Março de 1908. Nos anos seguintes, publica estudos sobre Herculano e sobre o Visconde de Santarém, os quais pesaram na sua admissão como sócio correspondente (1913) e efectivo (1920) da Academia das Ciências de Lisboa; admissão essa para a qual contaram os pareceres assinados por Gama Barros, Leite de Vasconcelos, David Lopes e Cândido de Figueiredo.

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