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A informação foi largamente colhida em fontes colhidas nos arquivos dos ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Marinha, ado ntigo Ministério da Guerra, Ministério do Reino, ANTT (sobretudo papéis da Intendência da Polícia e da Inquisição), Academia Real das Ciências e Biblioteca Nacional. Na introdução o autor exprime um conceito racionalista de história assente em “severas leis da indução e da crítica experimental” e chega a considerá-la uma ciência natural (vol.I, p.XXVII). Compreende-se pois que se reclame de imparcialidade, “sem falso patriotismo”. No entanto não deixava de mas reclamar para Portugal as suas “legítimas glórias”, não raro esquecidas pelos historiadores britânicos. Em Latino Coelho, o conceito de história-ciência então em voga na historiografia europeia (caso de Fustel de Coulanges, em França), convive a ideia clássica ciceroniana de história mestra da vida, adoptada num sentido também prospectivo de aprendizagem com os exemplos morais e com os erros do passado para o bem colectivo. Nesta obra domina pois uma dimensão narrativa. Note-se ainda o eclectismo da concepção de história do Autor em que com o tópico história-ciência convive uma noção abstracta de Providência entendida como princípio de unidade. E, por outro lado, o modo como recebe, na sua época, o legado do século XVIII. Não por acaso o Autor dedicou também um estudo ao Marquês de Pombal, em que o considera um precursor do liberalismo e da democracia, um homem novo, promovido pelo mérito (O Marquês de Pombal, parte I, p.7 e p.126). O campo republicano glosou tais raízes de modo especial. |
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