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Nascido numa família da burguesia comercial portuense, com ligações ao Brasil por via materna, Carlos Malheiro Dias iniciou a formação no colégio de Santa Quitéria, prolongada no liceu de Lamego, finda a qual rumou à terra natal de sua mãe, com o propósito de se estabelecer no Rio de Janeiro. No decurso desta permanência, Malheiro Dias estreava-se nas lides literárias com a participação na rubrica “Os que surgem”, dedicada aos novos talentos literários da revista A Semana, dirigida por Max Fleiuss e Valentim Magalhães. Fê-lo em Setembro de 1893, com um excerto do romance, D. Amor, acerca do qual Valentim Magalhães evidenciava o esforço do jovem no “mais atento cuidado, beber às fontes históricas, os acontecimentos e informes indispensáveis a um trabalho desse género, de modo a embeber-se, a impregnar-se o mais completamente possível do carácter geral” (Magalhães, A Semana, 1893) de uma época distante, o reinado do cardeal D.Henrique, a escolhida por Carlos Malheiro Dias para enquadrar o primeiro trabalho literário. Tratava-se da primeira incursão no domínio da investigação histórica, um padrão reproduzido em títulos subsequentes; no ano seguinte, com Cenários – fantasias sobre a História Antiga (Rio de Janeiro, 1894), obra animada pelo interesse por épocas longínquas, cujas repercussões ficaram aquém do desejado por Malheiro Dias. |
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