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Nascido no dia 1 de maio de 1923, em Elkton, no Estado do Maryland, Estados Unidos da América (EUA), James Edward Duffy foi um dos precursores no estudo sistemático da história de África nos Estados Unidos da América. O seu contributo para a emergência da historiografia moderna sobre o colonialismo português contemporâneo foi muito relevante, tendo sido um dos pioneiros na análise de um conjunto de questões relacionadas com a instalação e o funcionamento do sistema colonial português em África, nomeadamente no âmbito da política indígena e das relações raciais entre portugueses e africanos. Duffy fez os seus estudos universitários na Universidade da Carolina do Norte (University of North Carolina), tendo concluído a sua graduação (BA) em 1944. Nessa instituição trabalhou durante algum tempo como monitor de espanhol. Em data anterior a 1946, contraiu matrimónio com Chase Duffy. Tal como o marido, fez a sua graduação na Universidade da Carolina do Norte, distinguindo-se mais tarde, no campo profissional, como editora na University of North Carolina Press, na Harvard University Press, na Philips Academy’s Peabody Museum (Andover) e na Digital Press Até à sua morte, ocorrida no dia 16 de maio de 2011, Chase Duffy foi uma conhecida activista política do Partido Democrático. Em 1946, James Duffy foi viver para a Guatemala, onde trabalhou – juntamente com a esposa – como professor de inglês no Instituto Gualtemalteco Americano, um centro cultural financiado pelo State Department norte-americano. Durante a sua permanência na Guatemala, realizou um MA em Espanhol na Universidad de San Carlos de Guatelama, concluído em 1947. Data também desta época o início da sua relação de amizade com outro eminente africanista, Philip D. Curtin, posteriormente seu colega de doutoramento em Harvard (Philip D. Curtin, On the Fringes of History…, 2005, pp. 48, 52-53). A permanência na Guatemala permitiu-lhe conhecer e viajar pela América Latina. Uma experiência de viagem que repetiria anos mais tarde, sempre na companhia da sua esposa, em África. Regressado aos Estados Unidos da América, uma vez terminado o trabalho para o State Department, James Duffy ingressou no doutoramento em Literatura Portuguesa na Universidade de Harvard, uma das instituições universitárias de maior prestígio nos Estados Unidos da América. Durante o doutoramento, foi discípulo de Francis M. Rogers, um dos mais distintos estudiosos do seu tempo da língua e da cultura portuguesa na academia norte-americana e director do Departamento de Línguas e Literaturas Românicas da Universidade de Harvard. Uma vez concluído o doutoramento, em 1952, James Duffy dedicou-se ao ensino universitário, tendo feito grande parte da sua carreira como Professor de Línguas Românicas, com prevalência para o Espanhol, na Brandeis University, em Waltham, Massachusetts. De referir que, nos finais da década de 1950, recusou uma proposta de trabalho, feita por Philip D. Curtin, para ensinar na University of Wisconsin, preferindo manter-se como docente em Brandeis. |
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