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Pombal, 1920 – Rio de Janeiro, 2004 | |||||||||||||
Sua atuação na CODENO e na SUDENE, advogando que a seca era consequência dos problemas do Nordeste e que a estrutura socioeconômica da região, tributária do modelo colonial, é que era responsável pelos problemas, seguramente explicam sua condução ao cargo de Ministro do Planejamento do governo João Goulart a partir de 1962. Elaborou, então, o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social com o objetivo de controlar a inflação e promover reformas de base para o desenvolvimento de um capitalismo nacionalista e progressista no Brasil. Na base de suas proposições para a ação do Estado estava o método de análise histórico-estrutural, o esforço por explicar o subdesenvolvimento estrutural a partir das condicionantes históricas de médio e longo prazo. Se o pressuposto era de que a integração entre a estrutura distributiva e a estrutura de oferta provocava estagnação, especialmente considerando a heterogeneidade tecnológica, com áreas da economia extremamente avançadas e outras bastante atrasadas, caberia ao Estado elaborar políticas de indução do desenvolvimento. Ainda em 1963 retornaria à SUDENE para promover uma política de incentivos fiscais a investimentos no Nordeste, a área atrasada do Brasil que, por história pessoal de vida e resultado da aplicação do método acima citado, foi sempre o centro de suas preocupações. O Golpe Militar de 1964 exilaria um dos economistas mais profícuos do Brasil logo nos primeiros meses de montagem do regime de exceção. Era preciso impedir as reformas de base e Celso Furtado foi inscrito no Ato Institucional número 1 ainda em 1964, iniciando seus anos de exílio que durariam até 1979, quando foi aprovada a Lei da Anistia no Brasil. |
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