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A EQUIPA
CONTACTO
No exílio, ensinou em Santiago do Chile, Yale e Paris. Na Faculdade de Direito e Ciências Econômicas da Universidade de Paris foi professor da Cátedra de Desenvolvimento Econômico, o primeiro professor estrangeiro nomeado em uma universidade francesa. Lecionaria, ainda, em Washington, Cambridge e Columbia. Nesta época de afastamento do país, em que pôde retornar apenas para seminários esporádicos, publicou Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina (1966), Um projeto para o Brasil (1968), Análise do modelo brasileiro (1972), O mito do desenvolvimento econômico (1974), Criatividade e dependência na civilização industrial (1978), entre outros.
No retorno do exílio, a partir de 1979, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMBD) em 1981, participou do grupo de trabalho que escreveu o Plano de Ação do governo Tancredo Neves (1910-1985) em 1985 e foi membro da Comissão de Estudos Constitucionais que deu origem à atual Constituição do Brasil. Ainda por conta de seu vínculo com o PMDB, foi ministro da Cultura no governo de José Sarney (1930-) entre 1986 e 1988, e responsável pela aprovação de uma legislação de incentivo fiscal à cultura no Brasil. Rastros, sem dúvida, do desejo de boa parte dos exilados de retomarem suas atividades políticas reprimidas a partir de 1964: Furtado ainda acreditava na possibilidade de melhorar a distribuição de riqueza no Brasil por meio de uma indução do desenvolvimento econômico a partir do Estado, mas agora trazia para o centro da sua atuação a preocupação com o apoio à cultura nacional. Nos anos 80 e 90, além de se dedicar a e atividades políticas no Brasil, ocupou cargos na ONU, como membro da Comissão Mundial para a Cultura e o Desenvolvimento e da Comissão Internacional de Bioética, e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1997. Viveu para escrever suas memórias e rever sua trajetória em um estilo que lembraria sua primeira obra confessional escrita a partir da experiência junto à FEB em 1945. Morreria em casa, no Rio de Janeiro, em 2004. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (1945-), decretou luto oficial de três dias no Brasil.
