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LOURENÇO (de Faria), Eduardo | |||||||||||||
Baseado nos pressupostos de uma filosofia da história, faz filosofia da cultura portuguesa, ou o que poderíamos talvez classificar como uma fenomenologia da cultura portuguesa através dos tempos (tendo em conta a tradição filosófica em que se formou), agarrando os momentos mais significativos dela nos domínios da política e das manifestações sociais sobremodo relevantes, interessando-se em particular pelas tendências comportamentais que indiciam ou reflectem os valores, os mitos, as aspirações mais profundas da colectividade nacional. Por outras palavras, Lourenço investe em regra em traços de estruturas de fundo que devem ser entendidas à luz de uma reflexão filosófica, expressa nos seus escritos mais teóricos, incluindo aqueles onde se debruça sobre literatura. Esta, entende-a como uma das elevadas criações de uma comunidade por, na sua vertente literária, uma comunidade reflectir muito do seu mais profundo modo de estar. Para Lourenço, as culturas – e a portuguesa em especial - projectam-se nos seus imaginários literários (é nesse sentido que parece dever interpretar-se o título de uma entrevista publicada em forma de livro: A História é a Suprema Ficção). A literatura (e não apenas a ficção, mas a poesia também) constitui, portanto, um lugar privilegiado para a captação dos momentos culturalmente reveladores de uma identidade. |
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