![]() |
|||||||||||||
| | A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
![]() |
|||||||||||||
|
Segundo afirma José Subtil, Luís de Matos passou por algumas vicissitudes no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974 (José Manuel Subtil, “Luís de Matos (1911-1995)”. Anais, Série História . Vol. 3/4, 1996/1997, p. 317). Independentemente do seu conservadorismo político, especialmente patente nas lições dedicadas à delimitação de fronteiras do Império Português, no campo historiográfico a sua obra foi inovadora, visto que aliou a heurística historiográfica e a teorização do encadeamento histórico das ideias e dos acontecimentos com o conhecimento dos documentos originais, tendo a sua formação em Filologia Clássica, mormente o seu rigoroso conhecimento da língua latina, sido essencial no cunho filológico que deu ao objecto histórico. De facto, Pina Martins, na sua introdução ao L’Expansion Portugaise dans la Litterature Latine de la Renaissance , ressalta a importância do conhecimento dos textos latinos do Renascimento para a elaboração de uma história científica e rigorosa dos séculos XV e XVI. Martins lamenta que a historiografia contemporânea não siga o caminho de Luís de Matos e ignore o latim, tendo também relembrado que os estudiosos do humanismo português de Quatrocentos e Quinhentos elaboram estudos sob o ponto de vista da filologia humanística e não historiográfica (José V. de Pina Martins, “Descobrimentos Portugueses e Ciência Moderna”. Luís de Matos, L’Expansion Portugaise dans la Littérature Latine de la Renaissance . Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1991, pp. XXVI-XXVII ; cf., no entanto, a resposta de Américo da Costa Ramalho em “Cataldo e a defesa da Europa”. Para a História do Humanismo em Portugal. Vol. V, 2013, p. 118). |
|||||||||||||