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Foi, aliás, exímia camonista. Em todos estes trabalhos, reconhecemos em M. H. da Rocha Pereira a necessidade contínua de compreender e de integrar os fenómenos culturais no seu tempo, levando em conta estruturas mentais, geográficas e sociais, assim como as conjunturas que motivam e explicam manifestações culturais e políticas, e de perceber as motivações de outras épocas e autores ao reaproveitarem a sua herança clássica, reescrevendo-a ou simplesmente retransmitindo-a para as suas contemporaneidades. Destacamos ainda a sua colaboração em entradas para dicionários e enciclopédias, como Verbo (404), Logos (42) e Biblos (18); verbetes preparados para o Grande Dicionário de Literatura Portuguesa e Teoria Literária de José João Cochofel (10), além de um para o Lexicon Iconographicum Mythologiae Classicae (Basileia – Paris) e para o Dicionário Luís de Camões. M. H. da Rocha Pereira é, portanto, figura incontornável da cultura portuguesa contemporânea, tendo-se destacado pelo seu contributo para o conhecimento da Antiguidade Clássica em língua portuguesa (e não só), para o estudo da receção da Antiguidade na cultura portuguesa e pela formação de classicistas: filólogos, historiadores, arqueólogos e historiadores da arte. Recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2004) e o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lisboa (2009). Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa e integrou a comissão científica do prestigiado Lexicon Iconographicum Mythologiae Classicae, com sede em Zurique. Recebeu vários prémios, entre eles o Prémio P.E.N. Clube Português de Ensaio (1989), o Troféu Latino da União Latina (2006), o Prémio Universidade de Coimbra (2006), o Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes (2008) e o Prémio Vida Literária APE/CGD (2010). |
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