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A posteridade reservaria à obra de Octávio Tarquínio de Sousa uma curiosa fortuna. Embora nos meios acadêmicos o interesse por ela tenha declinado pari passu à perda de prestígio de histórias consideradas “factuais”, assim como de biografias de personagens considerados – não sem a boa dose de imprecisão que se faz acompanhar desse tipo de crítica – como “vencedores” da história, nos meios não acadêmicos sua obra continua a circular, prestigiada e de fácil acesso em bibliotecas e livrarias do Brasil, tendo sido inclusive várias vezes reeditada. Parte de seus conteúdos vem sendo amplamente utilizada – por vezes quase que copiada - por vários autores de obras de história voltadas a um público mais amplo e menos especializado do que o acadêmico. Fica aqui o registro de um incômodo diante da constatação de que essa utilização parece longe de valorizar a ênfase do autor em personagens como elementos catalizadores de processos históricos mais amplos; valoriza-se, pelo contrário, o que sua obra biográfica tinha de menos inovadora à época: a crônica de vidas privadas em sua dimensão anedótica e superficial. Mais um motivo para uma recuperação acadêmica de Octávio Tarquínio de Sousa que, até o momento, apenas começou. |
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