A obra de Wheeler sobre Angola impactou no debate académico sobre a história deste recente país e da Guerra do Ultramar, tendo impulsionado uma sucessão de trabalhos mais recentes publicados nas décadas seguintes, que os autores de Angola recomendaram na reedição de 2009. John Marcum, historiador africanista americano, apreciou Angola e, em particular, Wheeler pela “[...] sobering foresight [...]” na sua conclusão da obra, antecipando a violência e destruição que se revelariam na sequência de uma guerra civil após a independência, impulsionada por interferências externas mas também por vários nacionalismos conflituantes. A posterior participação de Wheeler no debate académico sobre a história contemporânea de Angola revelou-se, por sua vez, enriquecedora. Apesar de Marcus apontar que esta obra carecia principalmente das limitações impostas pela censura em Portugal, Wheeler assumiu-se, ainda assim, como um académico independente. Em 1981, por exemplo, envolveu-se num debate em que se apresentou crítico da perspetiva marxista de Emannuel Wallerstein que, ao analisar a obra de John Marcum, considerada a mais importante sobre a história de Angola até à data, apresentou um cenário dicotómico em que as forças marxistas do MPLA eram por si consideradas nacionalistas e “boas,” por oposição às forças da FNLA e UNITA, consideradas por eles “más” e facciosas, ofuscando a complexidade por detrás dos vários nacionalismos que se combateram na Guerra Civil de Angola que durou entre 1975 e 2002.

Em 1978 escreveu Republican Portugal, 1910-1926 , uma obra na qual Wheeler analisou a história da fundação e transformação da Primeira República portuguesa. Esta obra foi reeditada em português pela editora Europa-América, em 2010, sob o título História Política de Portugal (1910-1926 ). Em 1983 editou In Search of Modern Portugal , uma coletânea de papers apresentados na Conference Group Meeting. Estes centraram-se na História da Revolução dos Cravos de 1974.

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