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A história de Young é em muitas passagens ainda narrativa, mas verifica-se uma tentativa de análise dos processos, uma preocupação com o elemento social (e, em menor medida, económico), e uma grande atenção dada à arte, em particular à poesia e arquitetura, como reveladora do espírito dos tempos. Adota com frequência um certo paternalismo, e um marcado “exotismo”, quando descreve o país seu objeto. Em vários sentidos caracteristicamente liberal, o historiador vê no nacionalismo e na vontade nacional o motor supremo da história, sendo o caráter nacional a determinar o rumo histórico de um dado país. Partindo dessa premissa, torna-se essencial demonstrar que Portugal possui tal caráter nacional distinto, que permita explicar a sua formação e contínua independência. O Autor explicita que a nação portuguesa se diferencia da espanhola devido a aspetos geográficos (é marítima), étnico-raciais (uma base “celtibera” e uma forte componente judaica – mas não moura), linguísticos e de caráter. Em vários pontos, o seu pensamento aproxima-se dos historiadores do liberalismo e republicanismo portugueses. Embora não os cite, e os mencione apenas brevemente, é aparente uma influência de nomes como Oliveira Martins e Teófilo Braga. Nessa linha, encontramos na sua obra uma valorização da Idade Média portuguesa, período em que a nação (cuja existência antecede a fundação política do reino) se realiza plenamente, forjando-se através da “cruzada nacional” contra os mouros. É defendido que os monarcas medievais personificam o caráter da nação durante os seus reinados e espelham os seus desenvolvimentos. São ainda feitas referências aprovadoras às alegadas “liberdades democráticas” que terão caracterizado essa fase da monarquia, depois perdidas. |
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